Uma pitada de barbaridade - Ela só queria conhecer o meu amigo... :: Nunca Antes Visto
Uma pitada de barbaridade - Ela só queria conhecer o meu amigo...
Escrito por: Higuita
Carpe diem pela nulidade consumido
O conselho vorazmente ensurdecedor
Das áleas deste mundo empobrecido
Num toque leve, inconsciente do nosso horror

Pela inconsequência seguimos as linhas carenciadas
Do destino objectivo ou de algum desejo
Entortam constantemente nestas preces amaldiçoadas
Nessas vossas mortes que eu tanto invejo...

Acorrentado ao meu pensamento cauteloso
Recaio na dúvida infindável do procedente
Prevendo todo o carácter duvidoso
Apunhalo o meu coração, esqueçendo o que ele sente

É ali, é ali, a placa da felicidade dos ignorantes
Aproveitando o sol deste dia abrasador
É pena que tudo seja a ilusão de um instante
Que se irá decompor na sinceridade inerente à dor

Ilusionaste um mundo tão tremido e desfocado
No intuíto incompreensível do alcançar
O algo positivo que tantas vezes foi procurado
Nessas caixas fechadas neste mundo de suar

Envenenando as crenças que me equivocaram
Nunca me assentei nos ideais que o arredor corrobora
Isso será o insucesso dos que não planearam
Absolutamente nada, à espera da boa sensação do outrora...

Desculpa meu amado Horácio, e os teus pergaminhos
Mas não suporto a ideia que um dia apareceu ao mundo
Pela essência simplória dos caminhos
Que nada preocupam, nem aquecem, sem atingir o fundo...

Ai que inveja, que inveja! De poder ser imovél à preocupação
Que ânsia me corrói por dentro no pensamento do meu passado
Sem albergar o complexo às ruelas do meu coração
Eu cessaria a minha caneta, e assim permaneceria: calado!

O que retirar das minhas defecações mentais
É nada, se a sinceridade pesa nesta balança
Tudo se contraria, tudo é podre, nos desejos paradoxais!
Só espero fundar no meu terreno alguma esperança!

Que seja fudamentada, assente na minha loucura
Que nas inconsciências das vossas atitudes se revela
Para poder estar acima onde se encontra a procura
Do vosso espírito indomado pela vossa trela


Caio neste chão imundo, do vosso coração imprevisível
Que não dita o amanhã, à espera do velho factor
Sem seguir aquele meu carácter verossímel
As quais alguns lhe chamam de amor...

Fodei-vos então, que me enterraram o amor
Fodei-vos sem receio ou pudor!
Não quero aproveitar este dia de terror!
Enfrento tudo, seja o que for...

Que as ratazanas corroam os teus ossos...

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