Uma pitada de barbaridade - Amor odioso
Escrito por: Higuita
Pela minha insignificância, descrevo verso a versoCada singela e mártir experiência vivida Sentindo as gotas da chuva enquanto me disperso Puxo da minha caneta, o meu derrame de ferida Criada tempos atrás, pelo implacável sentimento O afectivamente penalizador da noção de se ser O algo metafísico sensível à essência do meu pensamento Que se apodera do meu coração, prestes a falecer Crendo em ilusões ditadas pela velha cantiga Que tantas vezes se apoderou do meu ego Aquela cadência que alimenta a minha intriga Abrindo-me os olhos sem conseguir ver, tal e qual um cego Dizem que sofri por amor, pela minha inocência Na abulia estática de ser mero apaixonado Preconizado pela crítica alheia à minha essência Me deixam hoje, sozinho, podre ser abandonado… A sensação imponente das linhas vazias Procura acrescentar nelas alguma cor Inconsequentemente, arrebatam a minha sabedoria Caio imparável na minha melancolia, a rainha do meu esplendor Na questão metafísica da minha atitude Atribuo a razão as leis forçadas do meu passado Ao entrar em equilíbrio com a minha plenitude Me sinto vazio, um ser incompleto e desmazelado Pela singela questão de sofrer, arrependo-me de ter nascido Os alicerces que me suportam, por ti se desmoronaram Caindo no irreal por mim tantas vezes querido Aqui me encontro, nas areias movediças que de mim se apoderaram Abastado que sou, o sobrenatural me deixou uma aptidão A capacidade de transparecer em versos a minha misantropia Possibilitando que um dia possas sofrer a minha submissão De derramar lágrimas de sangue como fruto da minha melancolia Por entre a memória estridentemente traumática Ouço ventos aclamarem o fim do nosso amor Levantando essa lei dogmática De que para amar alguém, é preciso amar a dor Etiquetas: uma pitada de barbaridade Não te esqueças de passar pelos nossos mais recentes artigos: Grande texto!
Deus que vá mas é lixar outro caraças! (obviamente que me eximi do calão equivalente...LOL) J. argumenta de forma nunca antes vista, dizendo...
Eh pá, eu amei ler isto, mas sinceramente "dás cabo de mim" com a tua ultima afirmação: "De que para amar alguém, é preciso amar a dor". Isto é a mais pura das verdades, e adapta-se a qualquer contexto da palavra "amar".
Lindo |
Visitante(s) on-line!
|
Enviar um comentário
Agora damos-te a palavra. Comenta o artigo, em baixo!