Chama Gloriosa - Especial Selecção Nacional! :: Nunca Antes Visto
Chama Gloriosa - Especial Selecção Nacional!
Escrito por: Gandhy
Hoje quero abrir uma excepção nos Especiais, que não será para escrever sobre arbitragens, mas sim, sobre a Selecção de Queiroz, como gosto de chamar. Primeiro, acho estranho esta alteração espontânea ao nome do seleccionador de Carlos Queirós para Carlos Queiroz! Só isto é um indicio daquilo que se passa neste momento na Selecção. Depois, e mais polémico, afirmo-me mais Benfiquista que adepto da equipa de todos nós, como muitos a gostam de chamar. Sou Benfiquista por opção e por paixão. Já adepto da Selecção, sou por ser Português, ou seja, é algo que me foi imposto (no bom sentido). Por isso, fico muito mais contente com um sucesso Benfiquista do que da Selecção. A mim, é em parte irrelevante se vamos ou não ao Mundial, sendo mais importante saber se o Benfica vai à Champions ou não. Acusem-me de mau nacionalista, mas não me acusem aqueles que se lembram do hino quando joga a selecção, ou gostam da bandeira por causa da "bola", mas ignoram a música nacional, o cinema nacional, os pratos nacionais, os artistas e escritores nacionais, ou tentam (e lesam) o Estado nacional, com fugas aos impostos, e subsídios injustos e falsos.

Mas passando ao texto em si, o trabalho de Queirós à frente da selecção é lamentável e não à volta a dar. Mais, dificilmente chegaremos ao Playoff, quanto mais ao Mundial. Na fase de qualificação, até ao momento apenas ganhámos a Malta, num conjunto total de cinco jogos, três dos quais em casa! Prestação que se pode qualificar de muito fraca para o lote de jogadores que reúne a selecção nacional, com destaque para aquele que foi considerado como o Melhor do Mundo! Pelo meio houve lugar a três Particulares, salvo erro, com duas vitórias, sobre as Ilhas Faroé, adversário do mais fraco que existe, e Finlândia (com um penalty duvidoso), e uma pesada derrota no Brasil, onde Portugal perdeu muito, mas mesmo muito, do prestígio acumulado nos últimos anos.

Curioso no meio de tudo isto, é que os críticos de Scolari, muito activos, e em especial, alguns dos mais altos comentadores de futebol em Portugal, estejam agora em silêncio quase profundo. Para alguns, este silêncio deve-se a um "espírito nacionalista", a fim de não importunar o ambiente em redor da selecção, para não desestabilizar, algo que anteriormente, com Scolari, não era atendido. O importante era discutir as opções do "mau" treinador Brasileiro, desde a convocatória, ás substituições. Agora o importante é não desestabilizar!

O mais incrível no meio disto, é que fica provado que acima de questões técnicas ou tácticas, a maioria das críticas e ataques ao Seleccionador anterior, devia-se à sua nacionalidade de cidadão estrangeiro e não por questões da sua competência profissional. Os detractores de Scolari afiram que ele não atingiu o pleno no seu trabalho. Sim, é uma verdade que o Euro 2004, ficou atravessado na garganta, mas também é verdade que com Scolari fomos até onde nunca havíamos ido.

Antes de Scolari, estivemos presentes em três fases finais de Mundiais, 66, 86 e 02. Na primeira, alcançámos um brilhante terceiro lugar, num campeonato sem oitavos de final, ou seja, fase de grupos e duas eliminatórias até à final, a exemplo do actual Campeonato da Europa. Os outros dois mundiais, em 86 ficamos pela fase de grupos, com um escândalo ás costas, e em 2002 o descalabro foi total, com a equipa mais uma vez a ficar pela fase de grupos, associada à imagem de um conjunto indisciplinado, ao ponto de um arbitro ser agredido e de um treinador em muletas fugir aos jogadores em pleno relvado! Pelo contrário, em 06, Scolari, levou Portugal até ás meias finais, caindo perante a "tradicional" besta negra, França, nas meias finais, por um a zero, resultante de uma grande penalidade infeliz de um dos maiores centrais do mundo, Ricardo Carvalho.

Em termos de Europeus, a coisa estava um pouco melhor, com três participações anteriores ao treinador Brasileiros, tendo alcançado duas Meias Finais e dois Quartos de Final. Com Scolari, alcançamos uma final, mal perdida em casa, e mais uns quartos de final, sem grande sabor, contrariamente à campanha um pouco mais empolgante em Inglaterra em 96. Mas os tempos e as exigências eram outras, assim como o estatuto. Pelo meio de tudo isto, muitas qualificações falhadas e muitas contas furadas, algo a que se está a regressar. Antes de Scolari, éramos os Campeões do Mundo sem balizas, pelas grandes e ou boas exibições, sem golos. Com Queirós, o treinador que se assumia candidato a Campeão do Mundo, o único título a conquistar, aparentemente é esse.

Coloca-se a pergunta, "Quem é Queirós?"

Como treinador de camadas jovens, Queirós mostrou trabalho, de muita qualidade, e conquistou títulos. Renovou os métodos na formação nacional, e acima de tudo, formou uma geração de talentosos atletas de grande qualidade, que espalharam bom futebol não só como equipa de futebol, mas de igual modo individualmente. Luís Figo, Rui Costa, João V. Pinto, entre outros, são os expoentes máximos de umas da melhores gerações de sempre do nosso futebol. De um modo geral, foram eles que abriram as portas a uma mentalidade mais ganhadora, e menos "acanhada" que existe hoje nos atletas nacionais, pelo menos a nível individual, levando-os até grandes colossos Europeus. No entanto, como treinador principal, responsáveis máximo por uma equipa, e não como adjunto, Queirós é um perdedor. Sempre o foi, e como está a demonstrar, sempre o será. Muitos podem afirmar que o seu trabalho em Manchester foi brilhante, e que um adjunto em Inglaterra (em especial no MU) é mais que um adjunto. É uma verdade, mas Ferguson venceu antes de Queirós, venceu com Queirós, e vence sem Queirós. Já Queirós, como treinador principal, não venceu antes de Ferguson, e não vence após Ferguson, nem mesmo com um lote de jogadores de qualidade internacional.

As suas opções são mais do discutível possível. A sensação que fica é que Queirós não selecciona por opção técnica e táctica, mas sim por empresário ou por valorização. Pior que a selecção dos jogadores, é o seu planeamento no rectângulo de jogo, como as opções ao longo do mesmo. O último jogo é o caso maior de incompetência de planeamento e gestão de jogo. O planeamento da equipa inicial, obrigada a vencer, sem um ponta de lança fixo é algo de impensável, mais a mais, quando temos na equipa dos melhores médios alas do mundo. Colocar Danny na posição 9, jogador de grande mobilidade e de grande capacidade técnica é um enorme erro. Talvez como segundo ponta de lança (e não como organizador de jogo) renda muito mais, assim mesmo como médio ala esquerdo, como por vezes joga no Zenit. Já Pepe, um dos melhores centrais do mundo, a médio centro defensivo é outro erro. Ganha-se um médio de capacidade normal, para se perder um dos melhores centrais mundiais. Com as características de Pepe, a jogar em frente à defesa, Portugal perde alguma da sua capacidade de sair a jogar mais rápido, sendo este o jogador principal para iniciar a fase atacante. Pior ainda é ter no banco ou seleccionável, jogadores de características que permitiam jogar nesse posição de forma mais "natural". Casos de Raul Meireles, ou como era o pretendido, jogadores de forte porte atlético, caso de Fernando Meira. Ao longo do jogo, no momento seguinte à lesão de Bosingwa, Queirós fez entrar mais um defesa central, adaptando Ricardo Carvalho ao lado direito da defesa, quando tinha no banco Nélson, jogador de raiz dessa posição e de vertente muita mais ofensiva. A questão que deveria ser levantada era a seguinte: Porquê que Queirós convocou o jogador do Bétis, se não teve confiança na sua utilização? Para isso, não o convocava.

À partida, um jogador para ser convocado necessita de reunir alguns critérios. O seleccionador ao convocar Nélson, acreditou que esse mesmo jogador está preparado para envergar a camisola das quinas. Sendo "convocado" para o jogo, e não excluído para a bancada como por vezes acontece, esse mesmo atleta está habilitado, segundo as opções do treinador, a jogar. No momento da verdade, esse mesmo treinador não confia nos seus critérios e tem receio de o colocar em campo, optando por uma opção de recurso!

São conhecidas as debilidades da selecção nacional, como uma alternativa a Deco, para organizador de jogo da equipa, um defesa esquerdo (de qualidade) de raiz e um "matador". São problemas "estruturais" do futebol nacional, já que tradicionalmente não formamos jogadores de área de qualidade internacional (contam-se pelos dedos da mão ao longo da nossa história), e de momento não temos nenhum organizador de jogo no nosso futebol, assim como a qualidade do lado esquerdo da defesa, como a temos do lado direito, com três ou quatro alternativas válidas. Contudo, por vezes a adaptação é a pior opção, perdendo-se um bom jogador numa posição, para se ganhar um jogador mediano na posição de adaptado. Escreveu Valdano, citando alguém (peço desculpa) que o jogador polivalente nunca é um grande jogador, mas sim, um mediano em todas as posições que ocupa. O caso de Danny é gritante, perdendo-se entre os centrais adversários, num esforço inglório.

Com Scolari, foi levantado o caso Baía, mas com Queirós, é estranho não ser levantado o caso Nuno Gomes. O Capitão do SLB, é somente o jogador em actividade com mais golos pela camisola das Quinas, e o seu quarto artilheiro de todos os tempos. Até ao momento, o criticado jogador, marcou em todas as competições em que jogou, em especial ao mais alto nível. Não existe Mundial ou Europeu em que tenha participado, que não deixou a sua marca. Além de ser o quarto goleador da história, é o novo mais internacional de sempre, e além dos golos marcados, já se mostrou útil no envolvimento das jogadas em que participa, abrindo espaços para jogadores vindos de trás com tabelas de costas para a baliza. Aliado essa capacidade de jogar, ás características dos jogadores nacionais, técnicos e velozes, talvez a sua escolha para a frente de ataque da selecção, fosse a mais indicada. Infelizmente, Queirós não pensa deste modo, tendo "problemas pessoais" com o jogador, após uma troca de palavras, quando era adjunto do MU e Nuno Gomes, capitão da selecção, que tem levado ao afastamento do segundo da selecção. Curiosamente, ou talvez não, a a imprensa não cria o caso "Nuno Gomes", como foi criado o caso "Baía"!

ps. Inaceitável o que aconteceu este fim de semana. Pela primeira vez na história a Federação Portuguesa de Futebol não convidou oficialmente ninguém do SLB (dirigentes) para a assistência de um jogo da selecção. O que muitos criticavam com Scolari, o afastamento do espírito de "clubite" da selecção, parece estar de volta com os fracos Queirós e Madaíl, sendo que este não convite apenas foi possível, pelo local de realização do encontro. Porquê? Medo! Lamentável!

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Blogger NunoTaker argumenta de forma nunca antes vista, dizendo...
Ghandy, devo dizer que na unica cronica em que nao falas "maioritariamente" :) do benfica é a que eu mais concordo contigo :) O Scolari era um incompreendido, mas fez escolhas um pouco burras... Euro 2004, Bruno Vale em vez do Baía? Ricardo no Mundial 2008? Fechar os olhos? E o Quim? Que tantas vitorias do Benfica salvou?

Mas tenho uns pontinhos de discordia :)

Nº1: Pepe a Medio Defensivo. O esquema tactico de Portugal desde 2002 (em que jogava com Rui Costa e Paulo Bento a Medio Defensivo) que utiliza um Trinco. E analisando as hipoteses que temos para essa posicao e as escolhas para defesa central tambem, vemos que Pepe é o jogador indicado. Ele sobe bem, é rapido, possante, e muito habilidoso e sabe chegar à frente. E os outros para a posicao de defesa central? Ricardo Carvalho, Bruno Alves, Rolando... Estamos bem servidos... Medios Defensivos? Miguel Vaidoso, desculpa, Veloso, Péle? Nao... estao em baixo de forma e na minha opiniao nao dao tantas garantias como o Pepe. Outra alternativa é o Adrien Silva... Que belissimo jogador se vai fazer ali... Espero que se desenvolva bem e que espalhe a classe e qualidade de passe no Europeu de 2012...

Quanto à posicao de lateral esquerdo, Duda deu boa replica, mas ainda nao teve um adversario de nome à frente... É preciso ver no que dá mas ainda nao decepcionou, muito pelo contrario.

Nº2: O falhanço do Nuno Gomes frente ao Guimaraes... E outros tirados à fotocopia? remates que passam por cima da baliza depois de ele por o pé por baixo na bola? Quantos? Sabes o que digo pois ves mais atentamento os jogos do BEnfica :) E é alternativa Orlando Sá ainda é cedo... No entanto, DAnny a PL é absurdo atendendo ao tipo de jogo que foi feito contra a Suecia, cuja principal arma de ataque foram os cruzamentos para o meio dos Altos Suecos... mas concordo que o Nuno Gomes é a melhor alternativa neste momento...

Portugal estar a assegurar o Futuro neste momento às custas do presente... Ventura, Daniel Carriço, Miguel Vitor, Tiago Pinto, Pereirinha, Candeias, Orlando Sá e Yazalde, Amaury Bischoff, Rui Fonte etc...

Quanto ao PS, tambem acho lamentavel, pois se havia coisa que o Scolari era, era ser corajoso de tomar decisoes e nao se aliar a ninguem... Nem sempre isso foi proveitoso para Portugal mas pronto...
30 de março de 2009 às 18:57  
Anonymous Anónimo argumenta de forma nunca antes vista, dizendo...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
30 de março de 2009 às 21:07  
Anonymous Vudu argumenta de forma nunca antes vista, dizendo...
"adaptando Ricardo Carvalho ao lado direito da defesa, quando tinha no banco Nélson, jogador de raiz dessa posição e de vertente muita mais ofensiva. A questão que deveria ser levantada era a seguinte: Porquê que Queirós convocou o jogador do Bétis, se não teve confiança na sua utilização? Para isso, não o convocava."

O miguel ficou na bancada por opção técnica.devias ter tido mais atenção ao jogo.

Em relação às tuas críticas acho que perdes especialmente por dois pontos:
1 - Portugal massacrou a Suécia durante grande parte do jogo. A falta do Ibrahimovic mostrou uma Suécia sem ideias que não fez mais do que contra-atacar.
2 - Portugal tem, de facto, um problema com a finalização.Muita falta faz o Pauleta, pois desde o "ciclone" que não temos um ponta de lança que marque a cada dois jogos. Não acho que o Nuno Gomes, que nem titular no Benfica é(com excepção da Taça da Liga o último jogo a titular foi com o Rio Ave), seja o tónico para a seleção, mas acho que toda a gente te perdoa o benfiquismo a vir ao de cima. Portugal de Queiroz é um Portugal novo que não tem tido paciência suficiente para fazer os golos.Ainda para mais porque Queiroz é claramente o típico "azarado". Desafio qualquer um de vocês a dizer-me que a derrota com a Dinamarca não foi uma das melhores de Portugal nos últimos tempo.

Agora face ao clima actual acho que não há razão para desespero, a 4 pontos do 2º lugar e com 15 pontos em disputa só dependemos de nós frente a adversários que temos todas as condições para vencer.

Agora é necessário haver coêrencia e determinação da parte de todos, especialmente os jogadores. Ronaldo tem de fazer mais, pois a ele impõe-se que faça mais, tem o estatuto que tem por alguma razão.
Nani tem que mostrar nos treinos o sufiente para merecere o lugar, e moutinho/tiago têm de mostrar o suficiente para ocuparem o lugar do deco, pois o luso-canarinho não dá para as encomendas.

Em relação ao Pepe, discordo totalmente contigo. Acho que num jogo como o da Suécia, onde iríamos enfrentar algumas "torres" era necessário um gajo bom a jogar de cabeça para cortar rapidamente a bola mal o guarda-redes a chutasse para o meio-campo. E com R.Carvalho, Rolando e B.Alves, a ausência de Pepe não se nota assim tanto.

Algo que não mencionaste e que acho que devias ter mencionado é o case-study Duda, que tem se agarrado ao lugar até ao ponto de "inventar" demasiado, felizmente com alguma sorte.

Relativamente a mencionares o Valdano? Come On...grande jogador de futebol sem dúvida nenhuma, mas como treinador? Não treina desde 96/97 e a única coisa que conseguiu foi um Campeonato Espanhol com o Real Madrid..é essa a tua noção de credibilidade?

Quanto ao Shôr-Scolari, esse tem o que, "infelizmente", Queiroz não tem. O factor psicológico. Não existiu treinador nos últimos anos com tal poder para mentalizar e motivar os jogadores como ele o fazia. Mas também não concordo que o vamos "repescar" pois não acho que ele seja o futuro para a Selecção Nacional.
31 de março de 2009 às 02:06  
Anonymous Vudu argumenta de forma nunca antes vista, dizendo...
"Quanto ao PS, tambem acho lamentavel, pois se havia coisa que o Scolari era, era ser corajoso de tomar decisoes e nao se aliar a ninguem... Nem sempre isso foi proveitoso para Portugal mas pronto."

Taker vou-te dar uma dica...sabes porque é o que o Baía nunca foi convocado? Porque o Brassard sempre influenciou o Scolari para não o fazer.

Por achar que não era bom suficiente?
Não..

Porque o Baía esteve sempre a tapar-lhe o lugar.
31 de março de 2009 às 02:12  
Blogger Gandhy argumenta de forma nunca antes vista, dizendo...
Penso que não entenderam a razão do PS. Não está aqui em causa questões desportivas, mas meramente políticas. Não convidar oficialmente, em termos de protocolo, ninguém do Benfica, reconhecidamente o clube com mais adeptos em Portugal, para um jogo da Selecção, é mesmo lamentável.

Leiam bem o texto, não menciono Valdano como bom treinador, não sei se o é, ou se o será. Apenas que é alguém que entende e muito o futebol. Deve ter sido dos jogadores que mais "cérebro" usou em campo, e quando Valdano escreveu isso à pouco na Bola, estava a citar alguém, não me recordo bem quem, mas estava.

Sim, o Miguel estava na bancada. Eu sei, por isso é que pergunto se o Nelson foi para o banco e o Miguel para a bancada, porquê que o Nelson não foi usado! Para isso colocava o Miguel no banco, titular muitas vezes anteriormente, e jogador com experiência mundial, para qualquer eventualidade deste género!

A questão do Nuno Gomes não é clubite, é apenas reconhecer um facto. Sim, ele falha muitos golos, mas sem ser Pauleta, que outro avançado (ponta de lança, diga-se) tem uma história tão rica na Selecção. E temos que ver em que sistema a selecção joga, por isso, mais que um armário de área, tipo Hugo Almeida, talvez necessitássemos de um jogador que faça igualmente jogar.

Sim, jogámos mais, mas não marcamos. Como escrevi, ante de Scolari, excepto na campanha do Euro 2000, fomos durante anos os Campeões Mundiais sem balizas, infelizmente, caminhamos para lá.

Para a posição seis, além do Pepe, que pode ter jogado bem, mas não é jogador daquela posição, já que rende mais a central, além de como escrevi, a selecção necessitar de outro género de elemento naquele lugar. Alguém que inicie melhor a construção do processo atacante da equipa. Por exemplo, naquela posição, tínhamos jogadores como Raul Meireles, mesmo Meira que não foi convocado, ou mais baixos (mas como Queiroz, parece que é o físico que interessa), mas que jogam naquela posição e bem, como Moutinho que por vezes o faz no Sporting, e claro está, Veloso se o Bento não o tivesse estragado com as suas habituais embirrações.
31 de março de 2009 às 09:58  
Blogger BG argumenta de forma nunca antes vista, dizendo...
Eu não gosto nada do Nuno Gomes, mas tenho que concordar com Ghandy... ele costuma render muito na selecção. Aliás, ao contrário de Simões e Ronaldos, é o jogador que rende mais na selecção do que no clube. Até ao último europeu (onde jogou mais minutos), era o jogador que precisava de estar menos tempo em campo para marcar golos, em toda a história da selecção. Por isso acho que realmente ele devia estar lá... há uma série de questões que a gestão de Queirós levanta, e a do Nelson acho muito pertinente e gritante. Scolari tinha algo que Queirós não tem - embora também tivesse opções muito discutíveis - que é como alguém disse, a psicologia... ele dava confiança e espírito de equipa aos nossos jogadores.
Contra a Suécia jogamos melhor do que temos jogado na era Queirós, mas mesmo assim foi pouco e só com muita boa vontade podemos chamar azar a tantos remates por concretizar... primeiro, é preciso ver que remates de qualidade (para marcar um golo, ou seja, bem direccionados), não foram assim tantos e na concretização mais do que azar, foi aselhice... porque azar tem-se num jogo, e sendo este um problema recorrente não pode ser chamado de azar!
31 de março de 2009 às 10:38